Dos aproximadamente 4 milhões de bebês nascidos nos Estados Unidos a cada ano, cerca de 120.000 (3%) têm alguma alteração congênita que surge durante o desenvolvimento fetal. Os especialistas materno-fetais sabem que alguns defeitos congênitos podem ser tratados antes do nascimento através da cirurgia fetal.
Ferramentas de diagnóstico como ultrassom e Ressonância Nuclear Magnética permitem identificar com precisão as condições que pioram durante o desenvolvimento fetal. Esse conhecimento ajudou no desenvolvimento de novas técnicas que permitem tratar os bebês precocemente no ventre materno.
Hoje, a cirurgia fetal é reconhecida como um dos campos mais promissores da medicina e está se tornando uma opção para um número crescente de defeitos congênitos.
A cirurgia fetal é um procedimento realizado no bebê ainda no útero para reduzir o número de sequelas causados pela malformação. Como essas sequelas geralmente pioram no decorrer da gestação à medida que o feto se desenvolve, a cirurgia fetal realizada por uma equipe de especialistas se concentra no tratamento e na melhoria das condições para o nascimento. A cirurgia ocorre durante e gestação e o bebê se recupera no ventre materno.
Como exemplo, o diagnóstico de espinha bífida em um bebê na gravidez. O tratamento realizado na gravidez diminue a chance de derivação e melhora a função motora dos membros , já que a cirurgia protege a medula que estava exposta a traumas e agressão do líquido amniótico.
Quando realizada por especialistas, essa intervenção precoce pode gerar melhores resultados do que a cirurgia convencional após o nascimento.
Quais são os defeitos congênitos que podem indicar cirurgia fetal?
Médicos com experiência em cirurgia fetal devem seguir e em alguns casos tratar os defeitos congênitos no útero, incluindo:
- Espinha bífida – Mielomeningocele
- Síndrome da banda amniótica
- Malformação adenomatóide cística congênita do pulmão
- Hérnia diafragmática congênita
- Síndrome de obstrução congênita das vias aéreas altas
- Anemia fetal
- Obstrução do trato urinário inferior
- Teratoma
- Massa tumoral cervical
- Derrame pleural