Neste mês de agosto, é hora de vestir a cor laranja e dar voz à conscientização sobre a Mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida aberta. Essa malformação congênita da coluna vertebral é uma das mais comuns e pode trazer impactos significativos na vida dos afetados e suas famílias. Vamos conhecer mais sobre essa condição e a importância de divulgar informações precisas para que mais pessoas entendam e ofereçam apoio aos que convivem com ela.
A Mielomeningocele refere-se a um defeito ósseo na coluna vertebral, em que as membranas que revestem o sistema nervoso e parte da medula espinhal são movidas para fora do canal vertebral. Durante a formação do bebê, nas primeiras semanas de vida, ocorre uma falha no fechamento da coluna vertebral, resultando nessa malformação. A maioria das mielomeningoceles ocorre na região lombo-sacral, mas podem afetar qualquer parte da coluna.
Essa condição não vem sozinha. Ela está associada a outras malformações, como a hidrocefalia e uma malformação da parte posterior do osso do crânio, a fossa posterior reduzida. Diversos fatores genéticos e ambientais têm um papel na origem da Mielomeningocele. Alterações cromossômicas são os principais fatores genéticos responsáveis, explicando o maior risco para famílias com histórico familiar de espinha bífida. Quanto aos fatores ambientais, a deficiência de ácido fólico é o mais reconhecido, tornando sua suplementação uma medida preventiva.
O diagnóstico dessa malformação é geralmente realizado durante o pré-natal, por meio do exame de Ultrassonografia. A Mielomeningocele pode gerar alterações nos movimentos, no desenvolvimento do sistema nervoso, na continência urinária e fecal, nas funções sexuais, além de deformidades do esqueleto e atraso cognitivo. É importante destacar que a grande maioria dos pacientes irá apresentar algum grau de incapacidade, o que está diretamente relacionado ao nível neurológico da lesão.
Atualmente, o tratamento da Mielomeningocele é cirúrgico e pode ser realizado ainda durante a gestação ou nos primeiros dias após o nascimento. Os procedimentos intraútero têm apresentado resultados promissores, mas o risco de trabalho de parto prematuro deve ser avaliado criteriosamente.
Essa doença é complexa e desafiadora, exigindo uma abordagem multidisciplinar desde o diagnóstico. A atenção integral e especializada ao paciente com Mielomeningocele é fundamental para melhorar sua funcionalidade e oferecer melhores perspectivas de inclusão social.
Vamos unir forças neste Agosto Laranja para disseminar informações precisas sobre a Mielomeningocele e a Espinha Bífida. Com conscientização e apoio, podemos tornar o mundo mais inclusivo e acolhedor para aqueles que enfrentam essa condição e suas famílias. Junte-se a nós nessa causa! 💛🧡